Exatamente 10 quilômetros, muito incentivo de véspera do meu filho Mark para que eu não desistisse do meu sonho e muita, muita vontade de viver essa adrenalina e energia de correr e de vibrar com a chegada. Devo confessar, no entanto: ontem desanimada, eu havia desistido e jogado a toalha, não me sentia emocionalmente forte para a corrida, estava triste, achava que não conseguiria. Mark falou as palavras certas no momento certo. Abaixei a cabeça, concordando com ele de que iria.
São partidas e chegadas. Opostas. Quando se parte, levamos a dúvida, na chegada a certeza, o dever cumprido, uma sensação de liberdade. Hoje quis muito a liberdade e dei menos importância à dúvida da partida. Fiz valer o número no peito e a força extrema do meu coração.
Enquanto o carro se dirigia ao Aterro, está envolvida com minha respiração e pensamentos e inclusive lembrei de um vídeo recente do Youtube - segue abaixo - sobre meditação de um instante ou minuto, me virei para mim e por instantes, meditei para criar mais foco e mais força mental.
Logo conseguimos estacionar e já se ouvia de longe o movimentos das barracas, das pessoas, o alto falante anunciando bem alto o Circuito Athenas. A hora se aproximava.
Pensei numa frase de Chico Xavier. Esse era o primeiro ano do resto da minha vida. Eu precisava e queria me superar. Sempre. Apesar de todos os pesares, de dias de possíveis tristezas ou melancolias.
Pronta e equipada para a corrida, me apresentei para as fotos que registrassem o momento que antecedia a corrida.
E, encontrei por lá, grandes amigos, amigos de longa data com quem eu já havia programado a peregrinação para Pedro Leopoldo e Uberaba - cidades de Chico Xavier. Rosane Flinkas e Claudio Bastos com o filho deles Vinicius. Todos preparados para correr: Claudio, corredor amador com mais experiência, correria os 10km e Rosane e o filho 5km. Eu, Mark e Caio correríamos juntos, um ao lado do outro, os 10km.
Eu e Rosane ao lado no encontro. Não foi o celular que nos reuniu ali, foram as energias que se encontraram. Uma surpresa, um acaso daqueles acasos que não existem.
Aqui ao lado uma foto com Rosane, Claudio e Vinicius.
Na foto ao lado, todos juntos, força reunida para iniciar a corrida.
A corrida ia começar. Fiz um vídeo curtinho antes da corrida que eu publicarei logo em seguida para explicar as sensações pré-corrida.
A adrenalina corre solta, o coração pulsa mais forte e dá para sentir o calor das pessoas e as expectativas voando pelo ar. É forte.
Vamos deixar então que os milagres aconteçam, que a força da emoção se transforme em alegria de superação. Que acreditar se transforme em acontecimento. Intensamente crer.
Vale a pena dizer que, para correr, precisamos dar uma "limpa" no cérebro e esquecer dos pensamentos negativos e nos impulsionar pela magia do momento. A mente sobrecarregada pesa sobre os joelhos e alma num desafio como esse. A faxina era indispensável naquele momento.
A largada foi dada e iniciamos a nossa corrida num bom ritmo, mas sem exagerar porque o chegar era mais importante do que o tempo. A meta era mais importante do que número de minutos e passadas. Enquanto corríamos, posávamos para fotos, ríamos um com os outros. E admirávamos a vista do Pão de Açúcar, outros corredores e o que se passava com cada um deles.
Mark ainda tirou uma foto no meio da corrida que é bem o retrato do que falo acima.
Uma corrida leve e alegre. Uma corrida de corações juntos.
Mark, todo feliz, acenava para a câmera com aquela vista maravilhosa, estática e linda por trás.
Aos 9km, nos despedimos e deixei que eles fizessem uma corrida à moda deles, mais rápida, mais competitiva que eu seguiria no meu ritmo até o fim. Por incrível que pareça, no final, eu acelerei. E acelerei com vontade.
Brinquei com os fotógrafos que aguardam os corredores e passei finalmente na reta final.
Cheguei. E como cheguei! Cheguei muito feliz, cheguei orgulhosa de mim mesma, por ter acreditado, por ter me levantado da cama às 6h, por ter ido e por correr até o fim. E correr muito bem por sinal.
Segue vídeo de chegada:
Corri para mostrar para mim que eu era a maestra da minha vida. Sei que dá um trabalho danado ser feliz, mas certamente, amigos, vale a pena.
Valeu cada lágrima de ontem, cada minuto de sono ou de falta de sono, cada centímetro percorrido.
Valeu crer que era possível. Porque só uma pessoa pode mudar e movimentar minha vida: eu.
E eu estou aqui para te contar essa história e dizer para você que você também pode conseguir.
De verdade. Acredite em você, eu já acredito.
Beijos
Parabéns por essa conquista, pra você deve ter sido muito especial completar esses 10 km mas não deixe a peteca cair, faça dessas corridas de 10 km aos domingos seu hábito, ok? Próximo domingo vou corre a Série Delta - Índia, quem sabe a gente se esbarra por lá ?
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