2 de julho de 2013

Chuva lava a alma


Valha-me Deus a chuva que cai do céu!
Que alegria saber que a chuva molha e leva as intempéries pelos ralos. Que ela lava a alma e desinfeta as impertinências.


Valha-me Deus. Aqui estamos nós consternados pela chuva que cai e o frio que nos faz esquecer do calor. E eu? Contente. A chuva com esse poder inexorável de transformar sombras em enxurradas e carregar tudo para longe. Bem longe de mim.

Eita, coisa boa... Vem, chuva!
Vem, lavagem cerebral, lavagem emocional. Lava que nem doida, centrifuga os sentimentos, sai batendo mais e mais. Drrrrrrrrrrr....clec, clec, clec, clec, clec. Batendo forte. Plim, anúncio de fim da lavagem.

Liberta, ó, chuva. Liberta eu aqui dessa eventual parada.


Quero prosseguir, preciso ir.
Tantas coisas para fazer antes dos 50. Urge o movimento organizado e constante, nada de estagnação. Gritemos, o caminho deve ser contínuo e certo. O movimento inspira muitos e tantos, não há como marcar tempo no tempo e cair no limbo do dia a dia sem a necessário mexeção.

Alaga minhas veias, enche tudo, desestrutura novamente para (re)acertar o passo.
Sem dó nem piedade. Cai, bem chuvosa. Muita gente precisando lavar a roupa do coração, a roupa da vida, os panos, lavar a roupa suja de tudo que se passa.


Por que lamentar a chuva? Por que ela entope o trânsito, não deixa os carros andarem?
A chuva também faz a gente parar onde está e refletir, porque onde quer que paramos, haverá pausa para a reflexão. Pode até reclamar se quiser, agradeça a chuva porém.

Chuva psicológica. Água, água, muita água. Pingos, limpezas de caixas fechadas.
Limpe minha caixinha cinza e amanhã acordo zerada e leve.

Pode chover, pode virar rio ou mar. Pode marificar meus desejos.
Enormes, límpidos, da chuva.

Não brinco, eu amo a chuva e a chuva de hoje mais ainda. Porque é mais que chuva, é a vida liberta que corre solta. Desatou os nós, as amarras, deixou rolar.....


A chuva permite fazer novos desenhos da vida e resedenhar a história. Não é sensacional perceber tantas possibilidades?

Não falo de garoa, bem fininha. Ela só inquieta o transeunte, mas não diz a que veio. Desorienta e não se desenvolve. É empate, meio de campo, retranqueira. Não se avoluma, nem retrocede. Fica naquele "chove, não molha".

Nem falo de temporais avassaladores que carregam montanhas, destroem casas, arruínam vidas.
Temporais também não. Não desejo efeito de destruição, quero a chuva construtiva e vívida.

Quero a chuva e os guarda-chuvas para amparar todas as coisas boas que vem com ela na água.
Guardem as chuvas para uso posterior e verifiquem a posologia.


O médico indica muita chuva para efeitos de gases, gripes, constipação, úlceras, câncer e outras tantas coisas. A lucidez da água. A leveza da água. A água e o escorrer de coisas que a gente não quer mais. Vai, vai com a correnteza e não volta.

Só vou trocar a cor do guarda-chuva para colorir o efeito meio cinza da chuva.
Guarda-chuva vermelho para colorir o momento mágico. E efetivo. E brilhante momento chuvoso.
Pense a respeito comigo.

Por isso, por esse tanto e outros tantos portantos, eu amo a chuva.
Chuva de hoje singular e tão significativa. Obrigada por chover.



Molhe-se na chuva, sempre que possível, só ou acompanhado(a).
Eu recomendo. Chuva para todos os males. Ajudas animais, grandes. Mesmo.

Chove chuva, chove sem parar.

Beijos de chuva e leves como a brisa que me carrega agora

2 comentários:

Obrigada à vera por seu comentário.
Beijos
Vera Lorenzo

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