11 de agosto de 2014

Fome de pulsar coração

Nosso imaginário é poderoso, assim como nossa fome também o é.
Não falo de fomes normais de comida e preenchimento de estômago. Falo de algo mais que, às vezes, ignoramos para não nos perder na intensidade da busca. A fome de pulsar o coração, de sentir tremer os vasos sanguíneos por dentro que te avisam que você está vivo, tão vivo.


Essa fome se dá ao perceber que o tempo passa e há um estacionamento de emoções. Você olha no retrovisor e nada muda atrás. Tudo organizado e conhecido, os bons e maus hábitos que desestimulam o passo seguinte. A estratégia de uma vida boa e afinal o que é a boa vida? De quantas vidas dispomos para encontrar a felicidade? Uma? Será que sabemos disso conscientemente?

As dúvidas, as perguntas podem criar verdadeiras expedições quando o movimento é de abertura e plenitude. A fome permeia o desejo de novas terras. A fome permeia a evolução de ser e ser mais.

Imagine-se como Cristóvão Colombo no novo continente. Tudo a se desbravar, vento que bate tresloucado e transcorre novos percursos à esquerda, à direita, à sua frente numa evolução diferente do que você já viu e viveu. Um ar talvez mais rarefeito, talvez mais composto e selvagem que te traz o aconchego da pureza de espírito. Percorra comigo o seu caminhar.

Respire nas profundezas da sua alma, dos seus sonhos. O que você tanto deseja da vida? Você tem fome de quê?

Voraz e inesgotável fome. Parece que o estômago está roncando ou seriam artérias do coração que roncam alto e pedem alimento?


Um barulho infernal que vem de dentro que ativa a insônia ou a energia intrínseca mais singular. Ou você se energiza ou se esgota da fome. A fome te tira da zona de conforto e mexe, remexe corpo e alma. A boca seca, os olhares mais avoados e desatentos. Mais brilhos. Mais curiosidade e fome.

É para sair e correr atrás. FOME! Uma fome gigantesca de pulsar o coração. De viver e realmente não ter a vergonha de ser feliz. E cantar, cantar. Falar, falar até que não se aguente as cordas vocais.


Se eu falo de fome, é porque tenho muita fome também. Não me assossego nem me acalmo com a função normal das coisas. Finjo adequação e quietude. Finjo acreditar que a vida é isso aí. 

Não, sinto muito, mas não. Negativo. Quero tanto e mais. Quero sorriso aberto de orelha a orelha e motivo para ser criança, adultoscente.

Quero piscar olhos e ver comida de gente. Quero olhar nos olhos e me alimentar. Quero sentir borboletas, pássaros felizes a percorrer o interior.


Nessas estradas, tenho fome de viver. A fome que me anima e me agita positivamente.
A fome que atinge meus olhos e meu semblante. A fome que me clareia a vida.

Boa comida para vocês. Bons alimentos nas descobertas.
Bons frutos, acredite. Os frutos estão aí e, se a fome existe, uma hora, a fome encontra os frutos.


A fome faz com que eu me vá, continue. Mark, meu filho me chama, é hora de jantar. 
Fome de comer feijão com arroz, comer brilhos e me alimentar do amor do meu filho.

Alimente-se.

Beijos calorosos e até breve.

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Beijos
Vera Lorenzo

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