18 de julho de 2013

Fala

Todo dia é dia de falar. Falar para a vida o que eu quero. Falar em qualquer idioma. Dia de eu falar para mim. Falar para o mundo. Falar alto. Falar sério.

Eu, novamente silenciosa no quarto-escritório, meu companheiro de escrivanças, me furtando à curtição do dia, da praia e das interlocuções.

Afe, que vontade de sair por aí, correr, falar, trocar ideias....que vontade que dá e não passa!!!! Sábado e domingo de sol é dia de falatórios. E eu fico sem sair. Por opção, sim, claro.

A semana chega com conversas profissionais e enchem o dia a ponto de esquecermos os pessoalmente pessoais da nossa vida.

E nos embrulhamos no dia a dia. A minha cara. Tenho que desembrulhar urgentemente.
Importante falar diretamente olho no olho, como são ímpares e lindos esses momentos.

Até os meus amigos-parceiros quero ver ao vivo e a cores. Eu tenho medo da vida exclusiva das mídias sociais e da boca escrita e não falada. A palavra anotada pelo computador pode ser sensata e bonita...tão insípida. É ficar entre a cruz da correria do dia a dia e das facilidades de comunicação das mídias sociais e da espada de cortar relações ao meio, em pedaços, porque não damos conta de levar palavras de boca ao dia a dia.

No silêncio falado em que nos comunicamos, falta a fala. Estou na precisão urgente de emitir sons. Talvez um piquenique dentro de casa no fim de semana ou um almoço para os amigos. Preciso vê-los e falá-los.


Não adianta manter o pensamento a respeito. A ação deve sair do papel, do blog para a vida. Isso serve para mim e tanta gente que eu conheço.

Por minha conta, eu anoto e juro que falo hoje e nos dias posteriores. Perder a vergonha de falar (pode parecer esquisito) e colocar a boca no trombone.

Com a comunicação, o mundo fica muito mais leve. Mesmo o mundo da política que mexe com tanta gente agora no Brasil. Dizer o que se pensa libera males represados e suportados por tanto tempo.

Na nossa vida, também é assim. Comunicar-se é vital, até melhora a pele, tenho certeza disso. Não é o creme, os tratamentos só, mas uma enorme energia gostosa que entra nas células da gente.


Fala você, o que acha? É possível falar?

Merci pela atenção, obrigada. Hoje não vou arrefecer apesar de alguns poucos pesares.

Vou ao encontro das vozes e dos amigos.
Saudades de encontros.

Beijos e vamos que vamos (50 coisas me esperam...)

2 comentários:

Obrigada à vera por seu comentário.
Beijos
Vera Lorenzo

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