30 de maio de 2013

Que horas são?

Que horas são? Pergunto impacientemente ao relógio correndo de compromisso a compromisso.
O relógio evita responder para não me constranger.



Ainda em dúvida, repito a pergunta. O relógio da cozinha, estático, nem me olha, porque está rigidamente parado sem vontade alguma de se mexer. Cansou junto comigo de tantas andanças e tanta correria.

De repente, olhei para o relógio e ele olhou para mim numa olhada recíproca e acredito piamente que ele respondeu: é tarde. Tarde para adiar planos, tarde para cuidar de mim, tarde para olhar à minha volta. E mais tarde ainda para pedir desculpas, para agir (e não mais tentar). Era hora.

Ué, pensei... Eu corro tanto, faço tanta coisa e preciso continuar nessa adrenalina? Não era bem essa hora a que ele se referia. Era hora de desacelerar e ficar sem hora, de relógio realmente parado como se o tempo não andasse para a frente. Desacelerar, respirar e utilizar o tempo para o novo aconchego das ideias. Refletir para que a hora voltasse a andar. Em outro passo.


Em palavras mais resumidas, o relógio me pedia paciência. E bom senso. Vladimir, o gênio indomável da acupuntura, já havia me alertado sobre o perigo da aceleração contínua. Comprovada a teoria de Vladimir, já que a costela havia fissurado e a coluna começou a dar novamente sinais de sua existência. Era necessário elaborar um plano de contingência e aguardar o tempo necessário para agir.
Respirando pausadamente.

O tempo é sábio.
Entende que deve parar, temporariamente - em seu advérbio correspondente - para reiniciar festivo depois e no compasso correto para não desandar.

Era o tempo para mim, meu tempo, todo meu.
Talvez alguém estranhasse mas eu ousaria parar. E parar em meio à chuva é normal, ninguém estranharia minha ausência nas externas.

Além do que eu estava preparadíssima para aproveitar tudo depois da parada.


Era tempo de planejar e re-planejar. Verificar o que se passava comigo, com meu ritmo de vida e me adequar a novos conceitos.

Precisava de uma agenda bem grande de 2013 onde eu pudesse ver todos os meses. Para incluir meus amigos, minhas músicas, meus sonhos, minhas festas, minhas palestras, meus encontros, meus livros. Tanta coisa ainda antes dos 50.
Você, aí que me lê, precisa seguir junto comigo, despertar seus sonhos dentro de você e colocar um a um dentro da sua realidade. Sonhar acordado e imaginar maravilhas para evocar a realização dos seus sonhos.

Não me leia apenas, faça. Seu relógio lhe dirá que já são horas. Eu lhe digo. O tempo urge, a madrugada é longa e amanhã é outro dia.

Desperte agora, está em tempo. Tempo para mim, tempo para você.
Vamos sonhar nossos sonhos e viver nosso tempo.

Tempo finito. Só isso que sabemos do nosso tempo. Então vamos fazer nossos tempos infinitos.



Faremos do que há por vir valer toda a pena do mundo, posso contar com você?

Beijos atemporais.

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Beijos
Vera Lorenzo

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