Como Hercule Poirot - o detetive de Agatha Christie (obviamente nem precisava de tanto), descobri que Carlos - ou melhor e para todos os outros íntimos - Leandro Cargnin, pai da Bruna, era instrutor de stand up. Profissional bom demais, tchê, gaúcho sério, professor de primeiríssima categoria. Back to tecnologia, aproveitei e tomei vergonha na face e escrevi no Facebook dele: "Carlos, quero aprender stand up".
A primeira aula foi meio turbulenta: eu havia desmarcado e aí ele insistiu que eu acabei indo com meus filhos Mark e Caio no horário de 9.30h. Eu e o Caio só conseguimos cair e levantar, levantar e cair. Mark, sempre mais equilibrado neste tipo de esporte, se saiu bem de primeira.
Numa segunda tentativa, fui com o holandês Hans van der Vlugt, eu 45 minutos e ele 45 minutos. Nos meus 45 minutos eu curti muito (sem fotos), mas acho que só caí uma vez, delícia e queria muito, muito mais.
No dia 27 de Janeiro, escrevi no Facebook:
27 de Janeiro, sábado de 7.30 às 9.30..Stand up paddle na Barra com o professor Leandro Cargnin.
Incrível, delicioso, sensacional. A calma do mar, a felicidade de poder remar no SUP sozinha durante o tempo todo me emocionou.
Recomendo de verdade! ô que bem que me fez!
E eu no meio do mar, no meio da imensidão azul, remando como se o mar não tivesse fim nem começo. Eu lembrava do filme Le Grand Bleu, o filme francês que vi na estreia em La Rochelle na França em 1988. Le Grand Bleu é a história de um mergulhador que perseverou em busca de novos desafios. Esse foi meu entendimento. E eu, como o mergulhador, busca no mar, no céu, na terra, na alma os desafios e o acaloramento do meu ser humano.
Cada momento me deliciava naquele mar aberto fenomenal. Um relaxamento profundo, um encontro mágico comigo mesma.
As 50 coisas que me desafiei a fazer antes dos 50 anos têm tornado meus dias mais intensos, mais vividos. Será que você me entenderia?
Ontem numa reunião de trabalho com Patrícia, eu me expliquei: "quando a gente não sabe para aonde vai, qualquer lugar serve". Ou seja, essas metas enriquecem meus dias, minha vida, abriram a perspectiva de ajudar a mim mesma e os outros a minha volta.
Com a meta de completar 50 coisas diversas, desafiadoras, verdadeiras, eu era mais VERA.
Era o ano do meu encontro comigo mesma. Ano de dar as mãos, pedir ajuda, ajudar, me amar acima de tudo e ser capaz, por isso, de amar quem fosse muito mais ainda.
Equilibrada, sem titubear, no meio do marzão, levantei o remo. Vitória!
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Vera Lorenzo