2 de abril de 2013

Amor plural

O amor é uma das palavras mais cobiçadas no mundo. Todos procuram o amor.
Aos quatro cantos do mundo, há buscas incessantes para descobrir o paradeiro do amor. 

Eu não seria diferente, também procuro o amor. 
Procuro em amores românticos o amor-criança, vivo, parceiro, ardente, vibrante, à vera. Que não poderia ser diferente com o meu nome. O amor que se convida, que entra na vida, bom, gostoso.

Sim, eu também procuro o amor. E ele vai chegar na sua hora. Porque o amor romântico não se busca, se encontra numa sintonia inesperada. Ou o amor às vezes se candidata. E por que não? Aceitamos candidatos, currículos por e-mail ou contato por Facebook. Tempos modernos.


Não pare só no texto da minha procura do amor, continue.

Repare nas cores do amor. Há amores escarlate de vermelhíssimo intenso, amores bordô mais fechados, amores branco fantasma, amores cereja hollywood, amores linho, amores tijolo refratário, amores prata, ouro, herbal, concha, muitos amores. Amores para todos os gostos e todos os cardápios.


Questione-se sobre a necessidade de um amor e verá, que antes de um amor romântico, existe um outro amor singular, prioritário na nossa vida. O amor próprio.

Esse amor de se olhar no espelho todos os dias e beijar o espelho é o primeiro de todos.
O amor ao que eu sou, àquela linda figura que eu vejo, à pessoa de coraçãozinho batente que acorda todos os dias e diz: bom dia, amor, estou aqui! E o amor sou eu mesma de peito aberto, me abraçando e me aceitando como eu sou.


Sem esse amor, não há procura possível de amor romântico. 
Porque é fundamental que possamos nos fazer felizes. Afinal, somos a pessoa mais importante de nossas vidas.


E veja: não há amor que preencha, porque, quando o amor vem, já estamos preenchidos de nós mesmos. 

Por isso ame-se intensamente, é o primeiro desafio que você tem, o mais fascinante e complexo desafio. No exercício do auto-amor, encontramos inúmeras qualidades pelo caminho e acarinhamos todas elas, são nossas. Certamente haverá os defeitos também: esses também são nossos. Cuidamos para que eles não tragam desordem à nossa vida e diminuam bem um tantinho para ficarem quase imperceptíveis aos nossos olhos. 

Quando amamos a nós mesmos, amamos tudo que nos abrange: qualidades, defeitos, delícias e dores. Porque todos somos feitos da mesma categoria de sentimentos reunidos num só corpo, numa só alma.

Que a nossa alma e corpo sejam amados, bem amados para construir um amor romântico à nossa frente. E, para quem já achou o amor romântico, que o cultive, depois de cultivar diariamente a si próprio, regando todas as folhas, as raízes, os galhos que sustentam.


Depois do amor próprio regado e cuidado, aí sim o amor romântico surgirá. E, se ele não surgir de um modo comum, não custa tentar. Anuncie aos quatro ventos, saia de casa, se mostre, se apresente à vida. Viaje, interaja, aja. Avise os amigos. Entregue-se ao vento e jogue seu sonho para o universo.


O amor não tardará.

Beijos amorosos e carinhosos

Um comentário:

  1. Grato, Vera!
    Relevante ao teu belo texto de hoje, te apresento a um velho-sabio amigo que me acompanha desde a adolescência (pois é...): Martin Buber em seu livro 'Eu e Tu':
    http://www.livrariacultura.com.br/Produto/LIVRO/EU-E-TU/69912
    beijo,
    Rubens

    ResponderExcluir

Obrigada à vera por seu comentário.
Beijos
Vera Lorenzo

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