Com as mãos na terra, ajudada pelo conhecimento de anos a fio de Félix, plantei. E, em plantar, colhi sorrisos. Sorrisos inusitados da dona da casa da plantação, sorrisos do sol que brilhava incessantemente, sorrisos de outras plantas.
Para plantar, não é assim: mãos à terra, sementes e bulbos e acabou-se. Félix me descreveu que, para plantar, é preciso ter noção do solo. É preciso escolher bem as sementes e separar as que estão mortas ou as que não vão vingar. É preciso sentir onde você vai semear, o ponto é tão importante quanto à própria semente.
A natureza não aceita mãos desinteressadas no plantio. O plantio não cresce. A natureza quer tua integridade no contato e sua singeleza no toque. A natureza exige o devido respeito e reage tal qual você interfere. A natureza é sábia.
Comemoramos muito a semeadura. Comemoramos compartilhar bons momentos. E eu sabia que ali era apenas o início de outros plantios.
Por que os girassóis? Os girassóis procuram o sol e a luz, são plantas incríveis com sensibilidade quase humana, foi o que sempre pensei. Girassol vive de energia solar, reage ao calor da energia.
Girassol abre-se e fortalece com o tempo lindo, ilumina-se com o iluminado. Procura a luz. Nada mais poético e vivencial que um girassol.
Em holandês, girassol é zonnebloem, flor do sol. E é isso que trago para minha vida: sol que me povoa e que transmito ao meu redor.
O girassol me fez surpreender meus afilhadinhos no meio da semana, fez criar sol e brisa no rosto.
Traz magia incandescente.
Plantei, agora é tempo de regar amizades, regar girassóis, acompanhar o crescimento e colher no fim da jornada.
Em breve volto para verificar a terra.
Beijos cultivados.
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Beijos
Vera Lorenzo